sábado, 6 de outubro de 2018

Favor COMPARTILHAR! Em 06/10/2018, graças a Deus!


À esquerda, a Vaca de Ilma, tendo ao fundo a Porca d'Amélia: Ilma, uma senhorinha muito correta,
pois nunca participou de guerrilha, muito menos de assalto a caminhão de carga. Seu marido jamais
sequestrou um avião sequer, anjos. Amélia, não aquela dos saudosos Athaulfo Alves e Mário Lago, mas uma outra senhora, companheira de Ilma, e que também jamais participou de assalto a Banco.
À direita, o Boi Sonaro, tendo ao fundo o Amigo Fiel, compondo com sua cor, o verde e amarelo
do BRASIL: Sonaro, um boi corajoso, sujeito a levar facada para deleite de alguns canalhas, e para
tristeza daqueles que pregam a DEMOCRACIA, a honestidade, que repelem a CORRUPÇÃO.
Quanto ao Amigo Fiel, a esperança de um povo sedento de justiça e de alegria de ser brasileiro.  

terça-feira, 17 de abril de 2018

VILA VELHA(ES) DEBAIXO D’ÁGUA - Pelo pintor Kleber Galvêas

VILA VELHA DEBAIXO D’ÁGUA
“A vida continua como a dos nossos pais.”
Vasco Coutinho chegou ao Espirito Santo em 23 de maio de 1535. Observou que os rios que desaguavam na Baía do Espírito Santo tinham poucos declives, percorriam extensa planície litorânea formada de sedimentos bem acamados. Concluiu que suas águas sofriam forte influência das marés e, portanto, eram impróprias para consumo humano. Aproveitando a existência de um ribeirão que descia do Morro do Moreno, o Donatário se instalou no Sitio do Ribeiro (ou do Ribeirão), na Praia do Ribeiro, Praia da Costa, Vila Velha.

As casas populares pioneiras surgiram na Praia de Inhoá, hoje, totalmente desaparecida, incluindo a Ilha da Forca. Praia e ilha foram aterradas nos anos 1950, e a área foi cedida à Marinha. Lá, na encosta do morro, que guarnecia a praia, ainda existe uma fonte. Entretanto a estreita faixa de terra que havia entre o morro e o mar impossibilitou o desenvolvimento de uma vila em Inhoá.

Vasco Coutinho construiu a primeira igreja na Prainha (demolida no inicio do séc. XX) e, ao seu lado esquerdo, o primeiro cemitério (onde hoje fica o Fórum da Prainha). Em seu entorno ruas tortuosas formaram um vilarejo. Dois becos sem saídas, paralelos à Rua António Ataíde, são tudo o que restou da primitiva urbanização espontânea, feita sem nenhum planejamento.

O engenheiro António Ataíde, tendo-se recusado a assinar documento que, a pedido do governador, recomendava a demolição da torre da igreja de São Tiago, em Vitória, sem que ele pudesse fazer as devidas verificações técnicas, foi demitido. De seu relatório consta a frase: “Não fora a incúria dos nossos governantes, a torre ficara de pé por mais de mil anos”. Ele veio para Vila Velha e foi contratado pela PMVV para remodelar a urbanização da cidade. Várias casas foram demolidas na Prainha, ruas alinhadas com impecável rigor cartesiano, projetadas visando o seu futuro desenvolvimento.
Do engenheiro José Martins e do advogado Aníbal Soares, já falecidos há alguns anos, vizinhos e visitantes frequentes
do meu ateliê na Prainha, entre muitas narrativas, ouvi a historia do projeto dos sonhos de Antônio Ataíde:
transformar Vila Velha em uma Veneza ou Amsterdam, cidades cortadas por canais navegáveis.

Considerando que: Vila Velha era um imenso areal, até meados do séc. XX, onde caminhar era difícil e, que todas as suas ruas foram aterradas, antes de serem calçadas ou asfaltadas; * que a altitude do centro da cidade é de 4 metros; * que no município existiam várias lagoas interligadas (Vale Encantado e Cobilândia); * que córregos e riachos naturais, sem corredeiras, seguiam em todos os sentidos pelo terreno; * que grande área da cidade era um extenso manguezal inundável na maré alta; * que o transporte de pessoas e mercadorias, até meados do século XX era feito, quase que, exclusivamente por barcos; * que madeiras próprias para a construção de  embarcações eram facilmente encontradas em nossas matas; * que paisagens naturais notáveis e espécimes da flora terrestre e aquatica seriam preservadas e valorizadas; * que a fauna, inclusive a migratória, ficaria protegida; * que estaríamos imunes a alagamentos; * que na História havia, como exemplo de capacidade técnica o precedente expressivo do Canal dos Jesuítas, ligando o Rio Jucu à Baía do  Espírito Santo...
É uma pena que esse sonho, de quem planejou a Vila Velha moderna, não se tenha se realizado. Teríamos um trunfo turístico impar no Brasil, e a cidade não seria frequentemente inundada.
    

Kleber Galvêas, pintor. Tel. (27) 3244 7115 
www.galveas.com

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

História da Vovó Gilmara:

Vovó Gilmara perguntou ao neto:
- É o cachorro que abana o rabo ou o rabo que abana o cachorro?
Percebendo a dúvida dele, ela mesma respondeu, ensinando:
- Meu querido neto, é o cachorro que abana o rabo!
E o neto indagou:
- Vó, e se o cachorro estiver com o rabo preso?

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ARTE, COMÉRCIO E PRECONCEITO - Por Kleber Galvêas, PINTOR.

ARTE, COMÉRCIO E PRECONCEITO.

Uma galeria de arte não é simplesmente um estabelecimento comercial. Pelo menos aquela que recebe com interesse qualquer visitante para mostrar o acervo e o faz sem nenhum compromisso comercial.
O que diferencia uma galeria de arte pública de uma particular?
Em galeria particular, caso haja venda, fica-se com um percentual; na pública, confisca-se uma obra do artista expositor independentemente de venda.
A galeria particular se mantém através das vendas que consegue promover e se esforça; a pública é sustentada por todos nós através do governo e se acomoda.
A galeria particular tem estrutura mínima e luta tenazmente por espaço na mídia; a pública tem o suporte do governo e uma incrível simpatia da mídia.
Aqui no Espírito Santo, o papel cultural das galerias torna-se ainda mais relevante pela ausência de museus. Milhares de estudantes, anualmente, recorrem às galerias para visitas didáticas e pesquisas. Educação Artística é matéria curricular de todas as séries do Primeiro Grau, nas escolas públicas e particulares.
Ao contrário de quase todas as atividades culturais clássicas (música, teatro, cinema, literatura...) a entrada numa galeria ou ateliê é sempre franca. A minha com 38 anos de atividades já recebeu milhares de visitas: populares, universitários, colegas artistas e até crianças da pré-escola, acompanhados de professores inteligentes, que, cumprindo determinação curricular, deixam a sala de aula e vão investigar a arte que se faz por aqui. Nesse caso, as galerias têm função educativa mais pertinente do que museus.
Se um bar, clube ou uma empresa qualquer reservar parte do seu espaço comercial para eventos artísticos, estará fazendo algo mais do que comércio, e, se o que acontece ali merece o interesse público e não se cobra ingresso, deve ser propagado sem preconceito. É estímulo formidável para a multiplicação desses espaços de interesse social.
O capixaba tem compromisso histórico com a pintura: é depositário há quase 500 anos das telas há mais tempo expostas ao público nas Américas: uma pintura portuguesa contemporânea das obras de Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo, o retrato de N.S. das Alegrias, no Convento da Penha; a pintura mais antiga feita no Brasil conservada na igreja dos Reis Magos, em Nova Almeida.
A escola de copistas do Colégio do Carmo, fundada pela Irmã Tereza foi, na primeira metade do século passado, uma das melhores e mais produtivas do Brasil. A Escola de Belas Artes, criada por Homero Massena, em 1951, foi a sétima do país. O Museu de Arte Moderna, criado por Roberto Newman, em 1965, foi um dos primeiros no gênero no Brasil.
Talvez tanta história justifique o interesse do capixaba por Arte. Poderíamos listar razões históricas, filosóficas e até econômicas para valorizar a existência de uma galeria em qualquer comunidade, mas acredito que o mais importante é constatar que a Arte só acontece quando alguém aprecia a obra oferecida pelo artista. Arte é o tipo de relação que se estabelece entre a obra criada pelo artista para sensibilizar o observador. As galerias facilitam esse encontro 
Kleber Galvêas, pintor. Tel. (27) 3244 7115 ateliegalveas@gmail.comwww.galveas.com junho, 2017